Em geral, independentemente do segmento do seu e-commerce, conhecer o seu público-alvo é imprescindível. Quando decidimos abrir um negócio precisamos pesquisar o mercado em que queremos nos inserir, definir nosso público-alvo, organizar a oferta, definir uma estratégia de comunicação e analisar as opiniões dos consumidores. Sem a delimitação do nosso público majoritário não será possível seguir com alguma das etapas seguintes do processo de maneira eficaz. Isso porque não saberemos que grupo específico fará valer nossos esforços e para qual devemos focar nossos investimentos. Analisar dados sociais, psicológicos e demográficos é uma maneira consistente de fazer esse levantamento: gênero, faixa etária, classe econômica, rotina, personalidade, gostos, etc.
O público consumidor do e-commerce de moda, por exemplo, têm muitas características em comum com as de qualquer outro consumidor do mercado eletrônico: anseio pela entrega rápida do produto e pela integridade dele na entrega, busca de formas de pagamento acessíveis e seguras, análise de indicações de quem já experimentou os serviços, etc. Porém, possuem também comportamento e preferências muito específicas: forte consumo de conteúdo sobre o assunto, necessidade de conhecer as novidades do segmento, baseiam-se na vestimenta de atrizes e personalidades famosas para escolherem o que consumir, além de comentar – e muito! – sobre esse consumo nas redes socias.
Em fevereiro de 2013, a e.Bricks Digital, empresa do Grupo RBS dedicada ao desenvolvimento de negócios no setor digital, e a M.Sense, especializada em estudos sobre o mercado digital, realizaram uma segunda edição da pesquisa ˜E-commerce de moda no Brasil˜. Nela foram ouvidas 1.700 pessoas, entre 18 e 55 anos, das cinco regiões do país; dentre os quais 65% era mulheres e 35% homens.
O estudo apontou dados importantes, tais como:
80% das mulheres e 83% dos homens entrevistados já realizaram alguma compra online;
As mulheres correspondem a mais da metade do grupo de consumidores pesquisados, e segundo o estudo elas também são as com maior frequência nas compras;
embora, as mulheres comprem mais, os homens gastam mais que elas por compra: ticket médio de R$ 163 contra R$ 148;
houve aumento de 25% para 40% no percentual de jovens consumindo roupas e acessórios;
o interesse por moda aumentou: os 22% de mulheres que afirmavam não ter interesse passou a 14%;
63% dasentrevistadas comentam sobre moda nas redes sociais.
Pode-se identificar quatro perfis distintos de consumidores de vestuário, conforme Estudo de Comportamento de Compra do IEMI de 2012:
50,7% – FUNCIONAL: aquele que escolhe suas compras de acordo com o que já possui, geralmente compra em épocas de liquidações;
36,8% – SEGUIDOR: gosta de moda e sempre procura novidades;
8,5% – INDEPENDENTE: aquele que consome roupas e acessórios somente em último caso, é impulsionado apenas pela necessidade;
4% – MULTIPLICADOR: o primeiro a adquirir novidades, lê e se informa sobre moda, gosta de consumir marcas.
Mais da metade desses consumidores (51,3%) se lembra de quanto gasta em sua última compra. O perfil que tem maior gasto pessoal médio são os multiplicadores, em seguida aparecem os seguidores. O mercado de e-commerce nunca esteve tão em alta no Brasil. Esse nicho tem crescido brutalmente nos últimos anos. Analisando esses e outros dados, estaremos pronto para trabalhar boas estratégias administrativas e de marketing em nosso e-commerce de moda. Você pode ler sobre dados e informações que corroboram essas afirmações no post ˜Descubra o e-commerce que mais cresce no Brasil˜, onde foi explicado o potencial que esse mercado vem ganhando.
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