No fim da última década, especialistas e estudiosos decretaram o fim do Email Marketing como canal de venda. Com a sofisticação das redes sociais, muitos defendiam a ideia de que o email deixaria de ser um formato de comunicação eficaz. Outros apontavam as, até então, tendências de avanço dos dispositivos móveis como fator decisivo para derrota do correio eletrônico. O fato é que os anos passaram, as tendências viraram realidade, mas as previsões mais pessimistas sobre o Email Marketing ficaram longe de acontecer. O canal cresce em volume e importância a cada ano, e pesquisas indicam que pode chegar a responder por até 30% do faturamento de algumas lojas virtuais.
Por quê investir no email marketing?
As redes sociais têm focado em criar interações cada vez mais dinâmicas entre pessoas e as empresas. No entanto, o bom e velho email continua a ter uma das maiores taxas de conversão na internet. Segundo pesquisas feitas pelo iContact, 92% dos usuários da internet possuem um email o que significa 3 vezes mais endereços de email do que redes sociais. A partir desses dados não é necessário refletir muito para perceber que é muito mais fácil atingir um público maior através dessa plataforma.
Quando se trata de ROI (retorno sobre investimento) o email marketing tem resultados de fácil acompanhamento e que costumam surpreender positivamente. Além disso, é possível levar o destinatário direto à URL do produto, aumentando a sua conversão de cliques e posicionando melhor o seu site nas ferramentas de busca.
Por onde começar?
O gasto com esse tipo de plataforma, que é consideravelmente barata, aumentou 60% no último ano, de acordo com a Apogee Results. Então, por que não investir em email marketing? Esqueça o mito de que o cliente não vai clicar no seu email pensando que é spam. O email marketing deixa de ser spam e passa a ser um focalizador de categorias. Ambos são drasticamente diferentes e a diferença está principalmente na segmentação!
Um spam é enviado a uma lista aleatória de emails enquanto o email marketing utiliza uma segmentação mais específica, focada em departamentos e categorias. A maneira certa de começar é ter uma base de contatos bem segmentada e solicitar ao usuário que logo na inscrição da sua newsletter já indique quais são as suas áreas de preferência. Isso facilita na produção de um conteúdo próprio para esse público.
Como aumentar as taxas de conversão?
Uma pergunta quebra a cabeça da maioria dos profissionais de CRM: qual é a quantidade ideal de emails a serem enviados para atingir determinado público? Para encontrar esse número ótimo, é necessário analisar as condições em que ele dará melhor retorno. Segmentos diferentes irão responder de maneiras diferenciadas a preços, quantidade de emails e horários pelos quais estes serão enviados. Assim, não há como afirmar que existem condições melhores ou ideais para uma campanha de email marketing, o que existem são condições relativas e temporais que dependerão da segmentação do produto e do cliente.
Para entender quais são as melhores condições para a sua campanha é imprescindível conhecer as reações do mercado em situações parecidas. Analisar como a concorrência age em relação a cada categoria e departamento é essencial para identificar os preços, horários e até mesmo a quantidade de produtos e o layout que serão mais atrativos para o consumidor. A partir daí fica muito mais fácil para a área responsável por esse canal identificar quais estratégias são escaláveis e quais o vão garantir destaque e maior taxa de abertura, de cliques e, consequentemente, conversões de vendas.
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Artigo publicado originalmente no Blog da Sieve / Por João Nogueira*.
João Nogueira* é Gerente de Marketing na Sieve. Formado em Publicidade pela UFRJ e Universidad de León (Espanha), passou por Globo.com e L’Oréal Brasil. MBA em Gestão Empresarial na FGV. Fundador o Laboratório de Empreendedorismo Digital da Escola de Comunicação da UFRJ.
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