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As novas experiências de compra e o omnichannel

Imagine chegar à porta do supermercado e no lugar do carrinho receber uma “pistola eletrônica de compra”.

Nela, você cadastra seus dados pessoais. Ou melhor, faz o login, pois já é cliente do e-commerce daquela loja e portanto ela já tem seus dados à mão.

Em segundos, você começa a flanar pelas gôndolas. Daí, se vir um produto interessante, mira o raio laser da tal maquininha no código de barra do produto  e confere seu preço, sua validade, sua tabela nutricional entre outros dados.

Desejando mais informações, você pode navegar nas opções extras desse sistema que oferece a um custo simbólico (a centavos) uma lista de receitas e de entrevistas citando o tal alimento.

Assim, você tem a chance de se inspirar em fazer um novo prato em casa ou apenas ler pequenos artigos com personalidades e especialistas comentando aquele produto.

E não raro, logo a essa pesquisa, se sente seguro para concluir a compra desse e de outros produtos, que estão expostos ali apenas como uma vitrine de loja.

Ao final do passeio, bastará clicar em finalizar para recebe o valor total da compra, o local para informar os dados do seu cartão de crédito e o endereço de entrega dos itens selecionados por você.

Claro, se desejar, poderá levar a compra no seu carro ao fazer o clique final. Tudo muito rápido, simples e amigável.

Inovadora, a narrativa acima é em boa parte factível. A tal pistola começa a ser testada em alguns supermercados dos Estados Unidos e certamente passará por ajustes até ser coloca em larga escala.

Mas nesse ínterim vale ficar de olho à sua premissa que promove entre outros atributos uma nova experiência de venda ao seu cliente, conceito que virou palavra de ordem nos principais encontros empresariais mundo afora, como na 103ª edição da Retall´s Big Show, evento promovido pela National Retail Federation (NRF), em janeiro de 2014, em Nova York.

O conceito toma as atenções do empresariado com um argumento simples: ao promover boas experiências de comprar o cliente guarda boas lembranças a respeito de sua marca ou loja e com isso ele tende a recomendá-la para os amigos e  procurá-la em novas oportunidades, podendo gastar cada vez mais.

Vários empresários brasileiros estão atendo a esse princípio e querem, sem dúvida, colocá-lo em prática por aqui.

Vários investem valiosas cartadas nos conceitos do omni-channel, no qual todos os setores de atendimento da empresa tornam-se interligados.

Com isso, espera-se que a empresa adote um fluxo de comunicação interno bem harmônico e interativo, possibilitando convergências de dados entre as plataformas on e off line.

Entre as vantagens iniciais? O sistema do ecommerce pode conversar com o sistema da loja física, facilitando a vida aquele cliente que efetuou a comprar na internet e que deseja retirar o item numa loja ou espaço físico da marca ou de um parceiro (ou vice e versa), suprindo o tempo de espera da entrega e o custo com o frete.

Com o omnichannel, pode-se também registrar em relatórios consolidados o engajamento do cliente na página da empresa no Facebook, promovendo a ele descontos exclusivos.

Quem trilha essa primeira versão do omnichannel tende num segundo momento – que se aproxima – a buscar no mercado soluções mais criativas e funcionais como as “pistolas de compras” ou até mesmo de aplicativo mais simplificados, porém ultra interativos e ousados.

Então, cabe aos designers, programadores, publicitários e outros bons profissionais começarem a se debruçar em projetos que atenda a esse propósito. Para um bom visionário, ferramentas correlatas ao omnichannel poderão render muitas oportunidades de serviço e de trabalho.

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*Mauricio Salvador, Diretor da ComSchool 

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